À Beira de Água
Estive sempre sentado nesta pedra
escutando, por assim dizer, o silêncio.
Ou no lago cair um fiozinho de água.
O lago é o tanque daquela idade
em que não tinha o coração
magoado. (Porque o amor, perdoa dizê-lo,
dói tanto! Todo o amor. Até o nosso,
tão feito de privação.) Estou onde
sempre estive: à beira de ser água.
Envelhecendo no rumor da bica
por onde corre apenas o silêncio.
Eugénio de Andrade
Hoje e porque estamos em vésperas de umas pequeninas férias escolares, deixo a minha opinião política para as Cinzas..... Um poema é sempre bom de se ler.
Este é o meu pequeno Pontos(s) de Vista de hoje!
3 Comments:
E o Sócrates? Não falas hoje do Sócrates????
eheheheh
;-)
Rui,
Que lindo poema.
Porque referes o silencio silencio e pela nossa amizade,um poema para ti.
Beijos
isabel
No ponto onde o silêncio
No ponto onde o silêncio e a solidão
Se cruzam com a noite e com o frio,
Esperei como quem espera em vão,
Tão nítido e preciso era o vazio.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Amigo, já há tanto tempo ando afastada e venho logo hoje dar com a Carrapateira e Eugénio de Andrade que gosto tanto!!
Belo ponto de vista ;)
Bjocas
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