18 abril 2007

Zangam-se as comadres ......

abril de 2007
E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.
David Mourão Ferreira
Zangam-se as comadres que estão no poder e descobrimos as verdades de como este país se esqueceu rapidamente dos fundamentos do 25 de Abril, em parte inspirados nos valores da Revolução Francesa: Igualdade, Liberdade, Fraternidade!

Uma flor de um bom dia!

Este é o meu pequeno Ponto(s) de Vista de hoje!

6 Comments:

Blogger Kalinka said...

Ofereço-te uma flor de «boa tarde».

Pois, no sábado passado, dia 14 «aconteceu» o Jantar da Primavera» aqui fica um cheirinho dos comes, bebes e convívio.

Panadinhos de porco
Saladas e calamares
Gostei de ouvir recitar
O Orca do Sete Mares

Lombo de porco assado
Trouxe-me azia e ais
Conheci ontem
o Alexandre dos Sais.

Vindo do Céu
Chegou o Crystalzinho
Trouxe a Lua de Papel
Oh, o Henrique falou e disse
Lendo o seu pergaminho
A mania do «coitadinho»
Neste País cheio de fel.

Conversas animadas
Tarde ensolarada
O Jo na tesouraria
Não esquecia nada.

Gargantas afinadas
Maestro concentrado
Conservas variadas
Leite creme e folhado
O coro terá mostrado
Suas noites de ensaio
Vozes límpidas e fortes
Muito nos agradou
A Alice declamou
Poesias várias, que
A todos encantou.

A Sonhadora fazia
A sua reportagem
A Júlia sorria
Feliz com as suas causas
Sempre cheia de coragem.

Historinhas da Hilda
Uma história nos contou
Um nobre sentimento
A todos nós, tocou.

Beijokas e fica bem.

quarta-feira, abril 18, 2007  
Blogger Aladdin Sane said...

Obrigado pela frol.

SOS! Hoje desperdicei mais de 15 min a ouvir a RFM! Oh não! Vou ter de contar ao psi!

quarta-feira, abril 18, 2007  
Blogger Maria P. said...

Em Abril, esquecem O Abril, é pena.

Excelente Ponto de Vista.

Beijinho amigo*

quarta-feira, abril 18, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Fui à Beira do Mar


Fui à beira do mar

Ver o que lá havia

Ouvi uma voz cantar

Que ao longe me dizia


Ó cantador alegre

Que é da tua alegria

Tens tanto para andar

E a noite está tão fria


Desde então a lavrar

No meu peito a Alegria

Ouço alguém a bradar

Aproveita que é dia


Sentei-me a descansar

Enquanto amanhecia

Entre o céu e o mar

Uma proa rompia



Desde então a bater

No meu peito em segredo

Sinto uma voz dizer

Teima, teima sem medo

Zeca Afonso
Um abraço
Vasco

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

E porque estamos em Abril...

Liberdade

Viemos com o peso do passado e da semente
esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente

Vivemos tantos anos a falar pela calada
só se pode querer tudo quanto não se teve nada
só se quer a vida cheia quem teve vida parada
só se quer a vida cheia quem teve vida parada

Só há liberdade a sério quando houver
a paz o pão
habitação
saúde educação
só há liberdade a sério quando houver
liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir.

(Sérgio Godinho)
Canções de Sérgio Godinho
Assírio e Alvim

Isabel

quinta-feira, abril 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Igualdade, liberdade, fraternidade!
Meu caro amigo Rui Pedro,
agora está a família completa, bonito o seu Ponto de vista.
Poesia e García Lorca, sempre!
Um abraço
Domingos Caldeira

A MERCEDES EN SU VUELO

¡Una viola de luz yerta y helada
eres ya por las rocas de la altura.
Una voz sin garganta, voz oscura
que suena en todo sin sonar en nada.

Tu pensamiento es nieve resbalada
en la gloria sin fin de la blancura.
Tu perfil es perenne quemadura,
tu corazón paloma desatada.

Canta ya por el aire sin cadena
la matinal fragante melodía,
monte de luz y llaga de azucena.

Que nosotros aquí de noche y día
haremos en la esquina de la pena
una guirnalda de melancolía.

Frederico García Lorca

quinta-feira, abril 19, 2007  

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